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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Autopsicografia - Fernando Pessoa (ortônimo)


O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a sentir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama o coração.

Vocabulário
Calhas de roda: trilhos sobre os quais corre o trem de ferro.
Comboio: trem de ferro.

O Modernismo português teve, como marco inicial, a publicação do primeiro número de Orpheu – revista trimestral de literatura, em março de 1915. Contando com a participação, entre outros, de Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Almada Negreiros e do brasileiro Ronald de Carvalho, a revista teve ainda um segundo e último número, datado de junho de 1915; o terceiro, embora planejado, não chegou a ser editado, devido ao suicídio de Mário de Sá-Carneiro, responsável pelos compromissos financeiros da revista.

Os anos iniciais do Modernismo português coincidem com uma nova situação mundial, consequência da Primeira Guerra (1914-1918), da Revolução Russa (1917) e da afirmação dos Estados Unidos da América no cenário internacional. Os anos da guerra foram particularmente difíceis para Portugal, uma vez que estavam em jogo as colônias ultramarinas, alvo da cobiça das grandes potências européias desde o final do século XIX. Somava-se a isso uma crise na política interna, que datava da proclamação da República, em 1910.

Os primeiros anos do governo republicano foram marcados por sucessivas e violentas crises (o próprio Partido Republicano esfacelava-se em várias correntes). A iminência de uma guerra mundial e a disputa pelas colônias africanas completaram o quadro, despertando nos portugueses um profundo nacionalismo, manifestado em duas correntes: os saudosistas e os integralistas. Houve, assim, uma volta ao passado, às Grandes Navegações, à grandiosidade do Império, ao Sebastianismo, às glórias de Os Lusíadas.
Foi nesse quadro de referências que surgiu em Portugal um dos fenômenos mais fantásticos e polêmicos de todos os tempos: Fernando Pessoa e seus heterônimos. A mais rica, densa e intrigante faceta de Fernando Antônio Nogueira Pessoa diz respeito ao fenômeno da heteronímia, ou seja, à sua capacidade de despersonalizar-se e reconstruir-e em outros personagens, ao fato de termos ´´um poeta que seja vários poetas``. E a cada um deles Fernando Pessoa deu uma biografia, caracteres físicos, traços de personalidade, formação cultural, que resultam em diferentes maneiras de interpretar o mundo. Assim é que, além de Fernando Pessoa ´´ele mesmo`` (ortônimo), nasceram os poetas Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos. É importante não confundir heterônimo com pseudônimo. Pseudônimo é um nome falso, sob o qual alguém se oculta. O heterônimo vai além: é um outro nome, uma outra personalidade, uma outra individualidade – diferente, portanto do criador. 

É como nos explica o próprio Fernando Pessoa:
´´Por qualquer motivo temperamental que me não proponho analisar, nem importa que analise, construí dentro de mim várias personagens distintas entre si e de mim, personagens essas a que atribuí poemas vários eu não são como eu, nos meus sentimentos e ideias, os escreveria. Assim têm os poemas de Caeiro, os de Ricardo Reis e os de Álvaro de Campos que ser considerados. Não há que buscar em quaisquer deles ideias ou sentimentos meus, pois muitos deles exprimem ideias que não aceito, sentimentos que nunca tive. Há simplesmente que os ler como estão, que é aliás como se deve ler.``
A obra poética de Fernando Pessoa ortônimo está basicamente dividida em dois grupos: o dos poemas líricos do Cancioneiro (posteriormente enriquecidos com a publicação das Inéditas, das Novas poesias inéditas e das Quadras ao gosto popular) e os poemas de Mensagem, único livro em português publicado durante a vida do poeta. Cancioneiro era o nome que Fernando Pessoa planejava dar à reunião de seus poemas ortônimos. Num dos rascunhos do prefácio desse livro, escreveu Álvaro de Campos:
´
´Cancioneiro é, como a mesma palavra o diz, uma coletânea (coleção) de Canções. Canção é, propriamente, todo aquele poema que contém emoção bastante para que pareça ser feito para se cantar, isto é, para nele existir naturalmente o auxílio, ainda que implícito, da música``.

Se acrescentarmos que a palavra ´´cancioneiro`` nos faz pensar também na tradição da poesia lírica em língua portuguesa, pois com esse nome se designam as coletâneas de poemas da lírica galego-portuguesa e da poesia palaciana da época de D. Manuel I, estaremos fixando a principal característica formal da poesia lírica de Fernando Pessoa ortônimo: a musicalidade obtida pela utilização de versos tradicionais da língua portuguesa – particularmente versos curtos, como as redondilhas.

Comentários sobre o poema

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Esse é, com certeza, o texto mais discutido (e um dos mais inesgotáveis) de toda a obra pessoana. Nele, o poeta mergulha num questionamento que diz respeito a toda criação artística e, em particular, à criação literária: a possibilidade de o artista recriar a realidade trabalhando a partir de suas emoções ou mesmo ´´voando outro``, como diz Fernando Pessoa. De qualquer forma, o artista transforma-se num criador de mundos, de sonhos, de ilusões, de verdades. Picasso afirmava sempre que ´´a Arte é uma mentira que revela a verdade``.

O poema trata do próprio ato de escrever (função metalinguística). O título constitui um problema de interpretação, pois remete à natureza filosófica da poesia. Psicografia significa a relação mediúnica estabelecida entre dois seres humanos, um morto e um vivo, sendo este o meio pelo qual aquele escreve. Logo, ´´Autopsicografia`` (auto, ´´por si mesmo``) sugere a criação literária que parte de um ´´eu`` que faz de si próprio seu instrumento de criação literária. Seria uma espécie de médium de si mesmo.

Formalmente, o poema faz uso de uma das mais populares formas de versos – a redondilha maior, de sete sílabas –, cuja memorização fácil é inegável, distribuída através de três estrofes de quatro versos (quadra), com esquema rimático abab/ cdcd/efef (rima cruzada). Existem três planos, demarcados pelas três estrofes: a primeira estrofe trata do poeta e de sua criação literária; a segunda, do leitor e de sua relação com o texto literário; a terceira, do jogo existente no fenômeno literário entre a razão e emoção.

O eu lírico parte de uma informação categórica, logo no primeiro verso do poema: ´´o poeta é um fingidor``(metáfora). Os três versos seguintes ampliam (e confirmam) essa afirmação( é baseada nessa afirmação que o poema vai se desenrolar). O fingimento faz parte do jogo literário; nele, experiência e imaginação fundem-se, constituindo uma nova realidade, a realidade do texto literário. 

A emoção contida no texto literário nem sempre tem correspondência com a emoção real; esta pode servir apenas de base para a ´´emoção fingida``, que passa a ser real no âmbito do poema. Assim, essa primeira estrofe nos remete a uma relação fundamental: a do artista e sua obra, o poeta e o poema.

Na segunda estrofe, o eu lírico muda o foco para outra relação, não menos fundamental: a da obra com o público, o poema e o leitor. Observe: essa estrofe depende da compreensão das estruturas em que surgem os pronomes relativos (que) e os pronomes demonstrativos (os, o, as), facilitando, assim, a identificação dos sujeitos das formas verbais. Repare que as formas verbais que aparecem na terceira pessoa do plural (lêem, sentem, têm) apresentam como sujeito eles, os leitores; as formas verbais na terceira pessoa do singular apresentam como sujeito ele, o poeta. Dessa forma, para exemplificar, temos:
´´E os lêem o que escreve,`` (perífrase)
E os (leitores) que lêem (aquilo) o que (o poeta) escreve,

Para interpretar essa estrofe vamos associá-la à seguinte frase de Paul Klee, um grande pintor modernista: ´´A arte não reproduz o visível; torna visível o invisível``. Em outras palavras, os leitores não sentem as dores do poeta – a que ele sente e a que ´´finge```– mas sentem a dor que eles não têm, isto é, aquela invisível, inconsciente, por eles mesmos desconhecida, que a obra de arte revela. Sendo assim, o verso ´´Não as duas que ele teve`` refere-se as duas dores do poeta: a sentida e a imaginada. Vamos também atentar para o caráter metafórico do verso: ´´Mas só a que eles não têm`` – ou seja, é como se eles (leitores) não tivessem a dor, porque dela não têm consciência.

Na última estrofe, o eu lírico conclui o poema com uma bela imagem: o coração (sentimento, emoção) é relacionado a um trenzinho de brinquedo (representado metaforicamente como comboio de cordas), que entretém a razão girando nos trilhos circulares do fingimento poético ( o coração também é um ´´fingidor``, porque, de certa forma, também tenta enganar a razão). Pode-se, então, dizer que a poesia, como a obra de arte em geral, tem um caráter lúdico: relativo a jogo, brincadeira , presente tanto no ato da criação como no ato da fruição da obra de arte.
Embora vazado numa simplicidade impressionante, este é o texto mais discutido de Fernando Pessoa, porque nele o poeta mergulha em um dos problemas mais férteis da história literária: a criação. Ao afirmar que ´´o poeta é um fingidor``, na verdade, Fernando Pessoa não está se restringindo apenas ao poeta, mas estende-se ao artista em geral, que representa a realidade. Ao ´´criar`` um mundo fictício para representar um mundo real, é certo que o artista passa para o leitor a ilusão da verdade.

40 comentários:

  1. Have a nice day and happy morning. Greetings to you..

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  2. Realmente é um texto muito discutido mas tbm é um lindo e maravilhoso poema dele. Adoro os textos dele, especialmente este. Bom blog!!

    http://wwwmelodiesworld.blogspot.com/

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  3. os textos dele realmente são ótimos!

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  4. Saber-se um "fingidor e passar ao leitor a ilusão da verdade", brincar com as palavras, jogar e criar...
    Essa necessidade do poeta - "Sem a poesia você morreria?"- Rilke, em "Cartas a um jovem poeta", essa necessidade de fingir, "enganar a razão", para que o coração, esse trenzinho de brinquedo, "comboio de corda", não saia "das calhas de roda", necessidade poética e humana, do ser lúdico, talvez para não enveredarmos pela loucura...
    Adorei, Nelson. Seu blog, indo e suas interpretações, sempre a me acrescentar novidades. Regina Gaiotto - reginagaiotto.blogspot.com.br

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  5. a wonderful night is when the moon illuminate the dark sky and your journey all night long ...the endless stars
    reflecting your dreams and wishes...and the time devote to appreciate the serenity of life ..
    .wish you a lovely night my friend take care http://chop.ws/57 ;)

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  6. Sempre gostei mais de Fernando Pessoa ortónimo do que qualquer um dos heterónimos.
    É sempre bom rever estas palavras :)

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  7. Hola..
    Puse la traducción al español del poema para entender su significado..
    Que no digan que los poetas escribimos sin razón...el dolor se siente cuando se habla de dolor...y se rie cuando es de algo divertido..el poeta lo que hace es pintar los sentimientos en letras
    Besos..gracias por visitarme ahora sigo tu blog..

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  8. May the rays of happiness shine your path all day and night long
    ...flowing joy, laughter, love and serenity in your life...
    wish you a colorful & lovely weekend my friend take care ;)
    http://goo.gl/RbjdY

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  9. Meu querido amigo, que desejava saber o idioma para entender melhor o seu post, porque o tradutor não pode dar-me todo o sentido do belo ..
    Está sempre bem-vindos ao nosso blog.

    Nossos melhores desejos da Grécia.

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  10. Me interessei muito pelo seu blog, muito bom mesmo! Adoro literatura e Fernando Pessoa, é um dos meus favoritos. Passarei por aqui mais vezes.

    http://palomasette.blogspot.com/

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  11. Hi!

    I reviewed your blog. Thıs ıs very good and peaceful. I lıke ıt very much. I add your blog. My name ıs pinar.

    Nice to meet you!

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  12. As a poet, I really identify with the poem. The poet indeed feels the pain. Most often, I think, in order to write about other people's experience you need to immerse yourself in it too. Good post

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  13. Nossa!
    Sou viciaaada em Modernismo!
    Mas, pra mim, Drummond ainda é o cara!
    EU li um livro de poemas de Fernando Pessoa, mas n encontrei a essencia do romantismo que ali estava inserido.

    Mas enfim,

    Eu venho lhe convidar para dar uma passada no meu blog, postei uns textos novos.
    Gostaria de saber sua opinião!

    beijos,
    www.umsouniverso.blogspot.com

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  14. Great Pessoa! Spain has always lived with his back to Portugal! A big mistake!

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  15. Hello my friend
    I just wish you a happy Sunday.
    I hope the sun is present.
    Teb.

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  16. Good evening from Italy, my dear Neil!

    http://www.facebook.com/pages/Elvenpath-il-Sentiero-degli-Elfi/176152192422719

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  17. Adoro Fernando pessoa...um verdaddeiro poeta,puro sentimento.
    Muito bom o seu texto!

    pontosdabeleza.blogspot.com

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  18. He pasado por tu blog y me ha parecido excelente y muy instructivo.
    Me detendré a leerte con más tiempo.

    Tengo dos blogs.
    http://justoaldu.blogspot.com/
    que visitaste y que está dedicado a poesía, cuento y arte.
    y http://juliostoute.blogspot.com/
    donde publico artículos de mi autoría que publico en diarios y revistas. También es para publicar proyectos sociales y está abierto para sugerencias de mis amigos de todas partes del mundo.

    Un fuerte abrazo desde PANAMÁ.

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  19. Hi muy buen blog de literatura
    esta muy interesante escribir lo que uno siente
    saludos

    les dejo la direccion de mi blog

    http://inspirationtllz.blogspot.com

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  20. Susan
    Nel helo beautiful poems in the blog I wish you a happy weekend: Susan
    http://cserenyizsuzsa.honlapepito.hu

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  21. Que bela aula!

    Parabéns!!

    Mônica Lima

    (Crase sem Crise)

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  22. Greetings from Greece!! Very nice blog! with the help of google translation I have read your post and I like it. Have a nice week.

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  23. I desire a pleasant evening, a beautiful new week

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  24. Gracias Nel!!!
    Tu blog es hermoso...al igual que tu pais!!

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  25. Olá;
    Congratulações pelo Blog!
    Parabéns!
    Un Saludo.

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  26. ciao, molto interessante il tuo blog, mi piace! me lo leggerò con calma,
    felice di averti incontrato. meno male che esiste la traduzione di google,
    buo week, ciao.

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  27. Saludos y abrazos, Camarada , desde Caracas Venezuela, fraternal beso al Pueblo de Brasil,
    http://bolivareselcamino.blogspot.com/

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  28. Acabei por ficar indecisa em qual dos post deveria colocar o meu comentário.
    Gostei imenso deles todos e acabei por permanecer aqui durante algum tempo pois adoro ler.
    Posso voltar?
    Terei muito prazer.
    Parabéns pelo blog.
    E obrigado pela visita.

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  29. Hola soy José Antonio de Valencia España tu blogger es una maravilla sobre la poesia es un placer compartir esta información muchas gracias y un saludo José Antonio

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  30. Hello Nelson,
    Congratulations on a very successful..

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  31. Pase a desearte un feliz día
    Un abrazo
    ..................(\(\............./)/)..
    ..................(=':')........(':'=)..
    .................(..(")(")..(")(").)...te deseo un feliz fin de semana, con todo cariño..............

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  32. Fernando Pessoa, sem dúvida um de meus preferidos...
    Gostei do teu espaço, simétrico, organizado, sem dúvida um lugar que voltarei...

    Obrigada pela visita em meu Blog, volta sempre, és muito bem vindo!

    Um abraço com sorriso...

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  33. hola, como ya te dije, estoy por aquí de nuevo visitando tu espacio. Que tengas un feliz viernes. Saludos de tu amiga de Valencia-España

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  34. hola amigo Nel, de nuevo por aquí visitando tu blog con la intención de seguir leyendo por donde me quedé el otro día. Verás mi intención con esto de los blogs es dar a conocer lo que hago y poder llegar, algún día, a publicar un libro. La verdad, ando un poco perdida en ese sentido. Si dispones de información sobre el mundo editorial me gustaría que la compartieses conmigo.
    Voy aseguir leyendo tu blog. Saludos de tu amiga de Valencia-España. Que tengas un feliz fin de semana.

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  35. Thanks for your words and for your work, Nelson. Go ahead.

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  36. É sempre um grande prazer vir ao teu blog. Além de conhecer grandes escritores, tenho a oportunidade de ler a interpretação das poesias. E eu como adoro poesias, passo horas e horas lendo e relendo tudo o que você escreve.

    Parabéns!
    O teu blog é fantástico.

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  37. Bom dia Nelson! Como vai o nosso Rio de Janeiro?
    Aqui pelas bandas do Vale do Paraíba, o dia começou meio cinzento e nublado, mas acho que deve surgir um sol no final do túnel.
    Amigo, eu também já fiz uma matéria sobre o ilustríssimo Fernando Pessoa (Patrimônio da Humanidade).
    Parabéns novamente por suas postagens ímpares neste vasto oceano de Blogs.
    Um abraço!
    Tenha um ótimo Sábado e claro um Domingo também!

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